Parte da produção de qualquer tipo de aparelho são seus componentes eletrônicos, que contêm minérios dos mais variados tipos. Porém, alguns desses minérios são de difícil exploração, por conta de sua localização, e isso gerou uma grande polêmica envolvendo diversas companhias, incluindo empresas do ramo de videogames, como a Nintendo.
Tudo começou quando empresas norte-americanas de capital aberto apresentaram, à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, relatórios sobre a origem dos minerais que usam em seus produtos. Embora não seja obrigada, a Nintendo também enviou seu relatório referente ao ano de 2018, e o resultado não foi muito positivo.
O relatório da Nintendo apontava que a fonte dos minérios usados pela empresa vinha de regiões de conflito na África, áreas ricas em ouro, estanho, tungstênio e tântalo, muito usados em equipamentos eletrônicos. Não por acaso, o conflito em questão se refere ao trabalho escravo empregado pelas mineradoras, que vendem os minerais para financiar disputas armadas pelo continente.
A Nintendo se vê no meio dessa questão desde 2014, quando divulgou que apenas 47% das fundições e refinarias obedeciam os padrões internacionais para fornecimento de minério; em 2016, o número subiu para 74%, avançando apenas 2% no ano seguinte. Das 339 fornecedoras da gigante de Kyoto, 320 cumprem os padrões internacionais, e destas, 256 estão certificadas ou em processo de certificação.
A Big N não é a única empresa de games envolvida, mas é a menos eficiente nas tentativas de resolver o problema: está atrás da Microsoft, que não deu números exatos, e da Sony, que estima algo entre 80% e 89% de fornecedoras certificadas.
Via A Casa do Cogumelo e Nintendo Life.
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