Três membros da empresa de advocacia Chimicles Schwartz Kriner e Donaldson-Smith (CSK&D) protocolaram uma ação contra a Nintendo, na última sexta-feira (19), no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Ocidental de Washington, de âmbito federal. Os advogados querem representar os donos do Switch em uma disputa judicial com a gigante de Kyoto, e o motivo consiste nas inúmeras reclamações a respeito de um defeito que o Joy-Con, controle do console híbrido, vem apresentando desde 2017 sem que a Big N apresente uma solução a nível de fábrica. Chamado de "Joy-Con drift", ele ocorre quando o personagem de um game continua andando para alguma direção, por exemplo, mesmo que o analógico do controle não esteja sendo tocado pelo jogador.
Na ação, que você confere na íntegra clicando aqui, foram incluídos um relato, do problema, de 2017, cinco de 2018 e cinco de 2019. Em dois deles, o jogador fala que mesmo tendo enviado os controles para a assistência técnica da Nintendo, o "Joy-Con drift" voltou a ocorrer poucos meses depois do conserto. Em uma discussão sobre o tema iniciada no fórum Reddit há uma semana, 27,7 mil usuários demonstraram apoio a uma pessoa que reclamava do defeito. Já um vídeo do canal Spawn Wave, do Youtube, que foi publicado em 6 de abril deste ano e explica o porquê de o problema com o Joy-Con ocorrer, recebeu mais de 345,48 mil visualizações.
Os advogados da CSK&D apontam que, com o "Joy-Con drift", a Nintendo viola ao menos quatro leis federais ou estaduais dos Estados Unidos. Como pena, pedem, entre outras coisas, uma ordem temporária e permanente impedindo a empresa de vender Joy-Con sem falar que pode apresentar o defeito; a instauração de um programa de recall dos controles ou sua substituição gratuita; e o pagamento de uma quantia em dinheiro, a ser determinada durante o decorrer do processo, para compensar os danos causados aos consumidores.
Antes de a ação ser protocolada, a CSK&D havia aberto uma investigação, em seu site, com o objetivo de conhecer mais jogadores que constataram o defeito. A página continua no ar e pede para que sejam colocados dados pessoais e informações precisas sobre a experiência com os controles. Em 2017, quando redes de lojas e canais especializados realizaram os primeiros testes do Switch, um problema constante de sincronia entre o Joy-Con esquerdo e o console foi percebido, mas a Nintendo agiu logo para que isso não acontecesse nos lotes seguintes. Até o momento, contudo, a companhia não emitiu qualquer posicionamento sobre o processo iniciado na sexta-feira*.
Até mais!
*ATUALIZAÇÃO (24/07): O site informativo VICE revelou hoje que teve acesso a um documento interno da Nintendo em que a empresa fornece orientações para os funcionários de seu atendimento ao cliente seguirem, a partir de agora, quando forem questionados sobre o "Joy-Con drift". Segundo o site, as informações vazadas apontam que não será mais cobrado comprovante de compra do Switch ou Joy-Con para que um reparo no controle seja feito nem algo que confirme o prazo de garantia para que o conserto seja gratuito, de modo que o processo será facilitado. Além disso, quem já pagou à Big N para solucionar o "Joy-Con drift" terá direito a um reembolso. Outros trechos do documento explicariam que, em relação à permanência ou não do defeito no Switch Lite, a gigante de Kyoto diz apenas esperar que o novo hardware funcione como planejado, e que a companhia não vai se pronunciar sobre a ação movida pela CSK&D. O VICE afirma ainda que procurou a Nintendo para comentar o documento, mas recebeu como resposta a seguinte nota:
Na Nintendo, temos muito orgulho em criar produtos de qualidade e estamos continuamente aprimorando-os. Estamos cientes de relatos recentes de que alguns controladores Joy-Con não estão respondendo corretamente. Queremos que nossos consumidores se divirtam com o Nintendo Switch e, se alguma coisa ficar aquém deste objetivo, nós sempre os incentivamos a visitar http://support.nintendo.com para que possamos ajudar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário